17 de janeiro de 2009

uma casa de vidro


a cada dia que passa eu me isolo mais
e o que é pior,
não tenho mais medo disso

crio uma redoma translúcida
na minha realidade inóspita
onde o humano, não há de habitar

cheguei a um ponto sem volta
onde o hermetismo de minhas idéias
já é demasiadamente fútil perante as futilidades ainda maiores

sinto-me agora pouco melhor
pois sei que eles não me terão
encontro-me em um ponto, onde as volúpias da irrealidade
tornam-se mais concretas que os devaneios dessa sociedade

assim eu me refugio
me guardo
até parei de falar
de ouvir o ensurdecedor

agora sou apenas eu

resta um
partido em dois
faces similares de um mesmo Composto
exposto, apenas exposto





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Não ouvirei beatles só para te agradar ou para ter assunto
Gosto do silêncio
Aliás, prefiro!
Aí sim, pode-se dizer muito mais com os olhos
Ah os olhos, mas isso é outra história...

Conto inventado, que há de ser declamado, para que os olhos, estes globos incandescentes, possam pousar serenamente
 
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