27 de novembro de 2008

Síncraco


ele não é coisa branca não, nem preta.
o rapaz é de um tom de azul que ainda não tem nome. é mistura de céu cinza da chuva, da tristeza e calmaria; com o azul dos dias ensolarados de encantamento.
as nuanças se interligam e fazem a matiz homogênea, perdida no caos mundano.
o branco da tranqüilidade, o preto em sua fundura e intensidade e o azul suavizando e harmonizando esse Composto.

o rapaz é como ar de madrugada de lua cheia. fino e sufocante. como manhã no pós-geada.
adentra ao corpo sem permissão pedir, lhe toma os órgãos e se esparrama como ar. ah, mas isso já não se pode controlar!

15 de novembro de 2008

As Águas da Vida

a vida é água que corre
é fluído que não se pode mudar
é riacho aberto no mundão
que não importa em se perder não

não se pode derramar
nem chorar ou sentir
entender é crendice
deixar correr é fluir

ô menina quanta bobagem
não se aflija, meu deus não
não se prenda ou segure
que o rio não pára não

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após chorar as lágrimas que deviam escorrer
depois de afagar meu desespero na terra que é homem
vi a água no fluir do bule
vi que não se pode controlar
uma hora, a água pára de escoar.
 
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