18 de junho de 2009

escriturinhas de metrô

Naquele momento ouvira as peripécias do poeta sonoro stockhausen. O som da vida urbana coabitava na mesma caixa vital, mas sem anular a angustia poética.

O tilintar dos metais em contraponto com os atabaques africanos emergiam de uma atmosfera obscura e, colocavam-na, efemeramente, no estado sereno.

Ao fundo o piano agudo machuca os tímpanos do coração. São pontadas profundas que a cada estridência fazem-na relembrar das sensações torpes.

Mas ao final o poema completa o ciclo e abranda o questionar. A vida nunca cessa enquanto o ser não pára de buscar.



*ao som de "so far"
 
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