8 de maio de 2010

algo sobre a natureza das coisas

de todas as formas de beleza eu prefiro aquelas mais ocultas, que nem sempre se mostram. aquelas que não impressionam ou cegam, mas que se revelam em pequenos gestos e olhares singelos.


das companhias, prefiro aquelas que se confundem à solidão. não por serem ausentes, mas justamente por serem tão intensas e herméticas como a presença intrínseca e, tantas vezes imperceptível, do si para o eu.


e as palavras? não ligarei se forem inexistentes, pois a ausência também fala. talvez prefira que o corpo todo fale, e use  a sua intensa presença de matéria para expressar-se, ao invés de simplificar a complexa gama de sentidos das sensações em meras palavras soltas ao ar.


e essa descrição? é para dizer que talvez a matéria exacerbada seja sufocante em demasia. tolhedora.


...que talvez incorporar a fluidez indefinida da natureza seja a intensidade integral e verdadeira.

 
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